Braza retorna a Audio com o seu 'Baile Cítrico Utópico Solar',boas vibrações e feats pesadíssimos
- Jully Custódio
- 7 de ago.
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Na última sexta-feira (01/08), São Paulo parou pra dançar. O Braza chegou com tudo pra celebrar o primeiro show da tour 'Baile Cítrico Utópico Solar' na Audio – e a casa virou templo, pista, roda, ritual e festa, tudo ao mesmo tempo. Já virou tradição: quando o Braza sobe no palco da Audio, é certeza de que vai rolar um dos rolês mais intensos do ano. E dessa vez, não foi diferente. O clima tava simplesmente radiante. A banda? No ápice. O público? Entregue. O som? Um convite pra esquecer o mundo lá fora e se jogar com tudo no presente.
Logo de cara, os primeiros acordes de “Vai dar bom” anunciaram: vai ser noite mágica, e a plateia já sabia que dali em diante, só restava abrir o peito, sorrir e deixar a música fazer morada. O setlist misturou faixas fresquinhas do novo álbum com hits que já moram no coração de geral. “Qual o rosto de Deus?”, “Andei, andei”, “Cartas de Tarô”, “Fé no afeto”, “Moldado em barro”... tudo fluiu como se cada faixa fosse trilha sonora personalizada da vida de cada um ali.

E como festa boa se faz com bons amigos, a noite ainda foi marcada por participações que deixaram tudo ainda mais especial. Pump Killa e Ragg subiram ao palco pra, pela primeira vez ao vivo, mandar “Ziriguidum”. E entre refrões, ainda rolou uma versão inédita de “Normal” com uma pitada de "Ela me chamou pra dançar um ragga" – coisa fina e exclusiva de quem colou. Energia explodindo na pista, e ninguém ficou parado.
Outro momento que arrepiou a pele e fez brotar sorriso foi quando os integrantes do Francisco, el Hombre chegaram pra dividir a vibe em “Batida de amor”. O que rolou ali foi surreal: a plateia virou coral, dançou em sincronia e cantou tão forte que parecia que o teto da Audio ia levantar. E quando veio “Calor da rua”, foi como se um trio elétrico invisível tivesse invadido o espaço e transformado tudo em um mini carnaval. Os meninos sabem conduzir esse tipo de momento como ninguém.
Agora, pausa pra um suspiro e um coração aquecido: Josyara chegou com presença de rainha e uma voz que abraça pra dividir o palco em “Raio de sol” e ainda fomos agraciados de ouvir "Rota de Colisão", sua música autoral que faz parte do álbum "Mansa Fúria" (2018). Tudo isso, ao vivo, virou um verdadeiro transe e ao mesmo tempo um encontro tão genuíno daqueles que a gente quer dançar colado, sentindo cada nota.
E claro, como já é tradição nos bailes da banda, a roda rolar solta. Se você nunca entrou numa, é porque ainda não foi em um show do Braza. E quando “We Are Terceiro Mundo” bateu no sistema de som, Izenze foi um dos primeiros a entrar literalmente no meio da roda e incendiar geral. É contagiante: você pode até tentar ficar de fora, mas a energia da galera te leva, te gira, te joga pro centro e te devolve renovado.
Foram 31 músicas no setlist onde no fim das contas, sair de um show do Braza é sair ensopado de boas vibrações, com o corpo mole de tanto dançar e a alma leve de tanto vibrar. O público deixou a Audio com um sorriso estampado no rosto, como quem viveu algo que não cabe em foto ou vídeo: só sentindo mesmo.
Então se prepara, porque se depender da galera do New Faces Rock, já pode colocar na agenda: show do Braza na Audio é patrimônio cultural não oficial de SP. E a gente espera que esse baile vire ritual anual pra sempre.
Até o próximo giro solar!
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