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O triunfo de The Ghost Inside sobre a tragédia

Foto do escritor: Bruna SantanaBruna Santana

The Ghost Inside entrega show explosivo em apresentação única em São Paulo, shows de abertura ficaram por conta de Never Look Back, Bayside Kings e Colid




The Ghost Inside, uma das bandas mais reverenciadas do metalcore e hardcore moderno, encerrou sua turnê latino-americana em São Paulo, no último domingo, 18 de fevereiro. Com o Vip Station lotado de fãs entusiasmados, os californianos impressionaram com suas habilidades e entregaram um espetáculo que deixou todos os presentes em êxtase. Essa foi mais uma realização da Gig Music e Hangar 110.



Never Look Back deu início à noite, a banda de hardcore do Distrito Federal foi diretamente convidada para abrirem o show pelos membros do TGI, e com poucos minutos de palco já impressionaram o público com sua energia brutal. Os vocais de Kenji Matsunaga eram ferozes e intensos, complementando perfeitamente os riffs pesados de guitarra do Rique Martins e as batidas estrondosas da bateria do Marcelo Maia. Porém, quem mais impressionou foi o baixista Fábio Alberto com sua presença de palco que é um espetáculo à parte.  


O setlist foi composto por “Life Is A Cycle”, “Fearless”, “FFF” e “One Day At A Time”, músicas do último álbum ‘Relentless’ (2023). Além de “Time To Rise” e “Never Surrender” do álbum de estreia ‘Face Your Demons’ (2017). Mas o destaque do set foi “Única Saída”, que contou com a participação do Jota, vocalista do Escombro, que fez a galera vibrar ainda mais com tamanha potência da letra. A banda claramente têm uma conexão forte no palco e sabem criar uma atmosfera eletrizante, tenho certeza que voltaram pra casa com novos fãs! 



Em seguida, diretamente de Santos, Bayside Kings subiu ao palco dando aulas de como se faz um show de hardcore e fez São Paulo dançar! Esse foi o primeiro show de 2024 do BSK, e eles  pensaram muito e se esforçaram em sua performance, desde a iluminação e o visual até o setlist que teve algumas mudanças. Ficou claro que eles estavam ali para dar um espetáculo e não decepcionaram.


A energia da banda nunca vacila durante todo o show, e o público se alimenta dela, abrindo o circle pit para dançar no estilo two step. O vocalista Milton Aguiar é uma força a ser reconhecida, seus vocais poderosos e presença de palco enormemente carismática chamam atenção de todos, e ele realmente sabe como trabalhar o público e envolver todos na apresentação. Tanto que nas duas últimas músicas, “Miles and Miles Away” e “Existência”, Milton desceu do palco para dividir o microfone com os underdogs



Matheus Santacruz (guitarra) e Emanuel Filgueira (baixo) também impressionam com seus riffs e solos épicos. A precisão e exatidão com que David Gonzalez (bateria) toca é uma prova de sua habilidade e profissionalismo. Já quanto ao setlist, está ficando cada vez mais em português, tivemos a entrada de “PARE(SER)” e “NA DOR / O AMOR”, ambas do EP ‘DUALIDADE # LIVREPARATODOS’ (2023). E o recado de sempre é: se você tiver a chance de ver BSK ao vivo, nem hesite, você DEVE ir vê-los! 



Com o público vibrando com a adrenalina do que acabaram de ver, Colid subiu ao palco. A banda é composta por três músicos talentosos – Lucas Guerra nos vocais e baixo, Charleston Moreira na bateria e Gabriel Valadão na guitarra e produção de eletrônico, e foi lançada a menos de um ano, sendo assim, o público estava curioso e atento pela performance ao vivo, que ainda era inédita para muitos ali presentes. 


O vocal rasgado do Lucas é um ponto que sempre chama atenção, mas sentimos falta do vocalista mais livre no palco, agora com ele tocando baixo. O setlist contou com “Sonhos”, “Flecha”, “I.A”, “Miragem”, “Polar” e “Dando Risada do Tento Que Doeu”, do álbum de lançamento ‘Miragem’ (2023). 


The Ghost Inside e sua mistura poderosa de metal e hardcore do mais alto calibre 




O Vip Station estava cheio e pulsando de energia enquanto Andrew Tkaczyk (bateria), Jonathan Vigil (vocal), Zach Johnson (guitarra), Chris Davis (guitarra) e Jim Riley (baixo/vocal de apoio), subiam ao palco. A banda não perdeu tempo e começou a apresentação com uma das músicas preferidas do público “Engine 45”, do álbum ‘Get What You Give’ (2012), e a multidão entrou em frenesi, cantando mais alto que eles e fazendo um coro belíssimo no refrão, que deixou os músicos perplexos. 


A banda percorreu um setlist de 16 músicas que incluía sucesso de toda carreira, agitando os fãs mais novos e mais antigos, que cantaram com muita energia e paixão. Apresentando músicas mais antigas, como “Faith or Forgiveness”, “Unspoken” e “Between the Lines”, até músicas mais recentes como a incrível “Death Grip” e “Earn It”, faixas do próximo álbum ‘Searching For Solace’, que será lançado em abril. O público estava alvoroçado, seja com muita ‘dança’ no circle pit ou balançando a cabeça em movimentos ritmados.


Em “Dear Youth (Day 52)”, os guitarristas Chris Davis e Zach Johnson roubaram a cena com seus riffs melódicos que antecedem o break. Durante a apresentação, o vocalista Jonathan Vigil provou que é mais do que apenas um frontman carismático, ele é um mestre em seu ofício. Seu alcance vocal é impressionante, desde gritos guturais até cantos limpos, e ele sabe exatamente como usar a voz para transmitir o peso emocional das letras. O que é especialmente impressionante em sua musicalidade técnica é a facilidade com que mistura diferentes estilos e gêneros.


Um ponto de destaque foi a apresentação de “The Outcast”, onde os vocais limpos de Jim Riley adicionam um som de fundo suave aos gritos de Jonathan Vigil, e os dois se completam muito durante o refrão. A música que fala sobre não desistir diante da adversidade, impossibilita que a gente esqueça que a banda sofreu um acidente onde o ônibus de turnê deles colidiu com um trailer em 2015, mudando suas vidas. Vigil teve que aprender a andar novamente depois de quebrar os dois tornozelos, enquanto o guitarrista Zach Johnson perdeu vários dedos do pé e passou por mais de uma dúzia de operações. E o baterista Andrew Tkaczyk perdeu uma das pernas após um coma de dez dias.



A música do The Ghost Inside é pesada e intensa, mas há muitas mensagens de esperança e perseverança que ressoam no público como fonte de inspiração. É emocionante vê-los no palco, com tamanha determinação, vale até ressaltar que Andrew só consegue tocar graças ao The Hammer - o dispositivo pelo qual ele pode controlar seu bumbo com o que resta de sua perna direita, sem uma prótese. Com certeza, temos um enorme respeito por Andrew Tkaczyk!



Durante todo o show, o público estava enlouquecido, e essa energia era bilateral, tanto que Jonathan Vigil desceu do palco para cantar com os fãs na grade. A felicidade da banda era palpável, com os músicos pulando no palco, entregando a melhor apresentação possível e agradecendo o público a cada final de música. Quanto à roda, ela não se dissipou em nenhum momento, com constantes two steps. E o som ao vivo do The Ghost Inside é simplesmente incrível! No setlist  também ouvimos muitas músicas do álbum autointitulado de 2020, que é o primeiro registro lançado pelo grupo após seu hiato de quase cinco anos, como “Pressure Point”, “One Choice” e fecharam a noite com a emocionante “Aftermath”, que é o primeiro single da banda após o acidente, e os fãs cantaram juntos até a última nota. 



Setlist The Ghost Inside:


Engine 45

Unspoken

Move Me

The Great Unknown

Dark House

Dear Youth (Day 52)

The Outcast

Death Grip

Pressure Point

One Choice

Between the Lines

Faith or Forgiveness

Earn It

Mercy

Avalanche 

Aftermath




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2 comentários

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uaivini
uaivini
22 de fev. de 2024
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Insanoooooo 🔥🔥

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Convidado:
21 de fev. de 2024
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

FODA!!!

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