'Amanheceu mais uma vez', mas agora em São José dos Campos
No último domingo, 22 de outubro, o New Faces Rock pegou a estrada direto para São José dos Campos, chique, não é mesmo? Fomos para o Hocus Pocus, prestigiando mais uma edição no Hammer Festival.
A última edição do festival em SJC, havia acontecido em fevereiro deste ano, então a galera estava com saudades, logo vestiram sua melhor roupa, e fizeram presença desde cedo para ver as bandas Apto Vulgar, Bayside Kings, Pense e Dead Fish.
Naturais de Jacareí, cidade vizinha, Apto Vulgar, foram os primeiros a subir ao palco. A banda lançou seu último álbum 'Sabotagem' em março do ano passado, a setlist do show foi praticamente o álbum na íntegra. Inclusive, contou com a participação de Milton Aguiar (vocal do Bayside Kings) na música "Tempo e Espaço", assim como no disco.
Através de uma presença de palco eletrizante, Bonzo (vocal), chamou o público para cantar junto e girar os bracinhos no mosh, enquanto Dorgs (guitarra) e Rafael (baixo) mostravam total sincronia nos riffs, e Luciano (bateria) quebrava tudo.
A baixada santista também desembarcou em SJC, e mostrou que não faltam fãs de Bayside Kings na área. O público estava em peso, inclusive, uniformizados com o merch da banda. Não faltou o "olho no olho", já característico, além de muitos stages e a 'dança' rolou solta, com um setlist que mesclava entre as músicas em inglês e português.
A banda lançou recentemente dois singles "(DES)OBEDECER" e "Entre a Guerra e a Paz", do EP Dualidade, terceira parte do primeiro álbum em português, '#LIVREPARATODOS', e os 'underdogs' de plantão não passaram vergonha, cantaram todas as músicas em uníssono.
Com tamanha receptividade, Milton e Bonzo (vocal Bayside Kings e Apto Vulgar, respectivamente), se jogaram nos stages e mostraram como se faz no hardcore. Enquanto Tetéu (guitarra), Emmanuel (baixo) e David (bateria) estavam macetando seus instrumentos, entregando um dos melhores shows do festival.
E provando que eles vieram de Santos, finalizaram o show com a capela de 'Zóio de Lula', grande sucesso do Charlie Brown Jr.
Se tinha uma banda que São José dos Campos estava com saudades, o nome dela é Pense. Com a casa lotada, os meninos subiram ao palco mostrando que estão cada vez mais entrosados com a formação atual, principalmente os vocais de Ítalo (vocal) e Daniel Avelar (guitarra), que estão se complementando ainda mais durante o show.
O público também estava eufórico, cantando todas as músicas aos berros, enquanto o bate cabeça estava rolando solto. O Hocus Pocus tornou-se um 'inferno' de tão quente ao longo da apresentação. A banda, que está finalizando seu próximo álbum, seguiu a setlist adotada em seus últimos shows.
"Hoje é o dia da revolução (...)", assim começou o último show do Hammer Festival. Dead Fish no palco é sempre um espetáculo, e isso não é segredo para ninguém. A banda que coleciona uma legião de fãs no Brasil e mundo afora, entregou mais um show com muita energia, e também repleto de discursos políticos através do seu porta-voz Rodrigo Lima.
Dead Fish foi o ápice do festival, através das técnicas impecáveis de Igor (baixo), Marcão (bateria) e Ric Mastria (guitarra), a banda mostrou porquê são um grande expoente no hardcore, e agitaram São José dos Campos, enquanto Rodrigo cantava a plenos pulmões os maiores sucessos da carreira da banda.
Na setlist tivemos pequenas mudanças comparado aos últimos shows, "Fora do Mapa", música do álbum 'Um Homem Só (2006)', foi incluída, e "Zero e Um", do álbum homônimo, entrou no lugar de "Revólver". Vale ressaltar que Dead Fish está se despedindo dessa setlist da turnê Ponto Cego, uma vez que a banda vai lançar um novo álbum, previsto para janeiro de 2024.
O próximo Hammer Festival já tem data, local, line-up e os ingressos estão no 2° lote. Se eu fosse você, já corria para o Clube do Ingresso para garantir! A próxima parada é no Campinas Hall, dia 09 de dezembro, com as bandas Supercombo, Dead Fish, Francisco, El Hombre, Gloria, Bullet Bane, Pense, Esteban, John Wayne, Bayside Kings, Zander, Eskröta, Cardiac, Seasmile, Cura e Carlos. Quem a gente encontra por lá?
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