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Foto do escritorBruna Santana

Fresno faz seu show de n° 1000 para 9 mil pessoas em São Paulo

Lucas Silveira (vocal e guitarra), Gustavo Mantovani (guitarra) e Thiago Guerra (bateria) celebram trajetória, que já soma 25 anos



Oh Mãe, não foi só uma fase! O emo está vivíssimo, e uma das provas disso foi a Fresno lotando o Espaço Unimed, na zona oeste de São Paulo. O show aconteceu na última sexta-feira (18), e contou com um público de aproximadamente 9 mil pessoas, consagrando este, o maior show solo da banda. 


A Fresno viveu e sobreviveu a muitos desafios desde que saiu de Porto Alegre de forma completamente independente. Contrariando as piores expectativas, chegou na sua melhor fase agora, com 25 anos de estrada. A banda está celebrando este marco com a Tour Eu Nunca Fui Embora, que está percorrendo o Brasil desde abril, após o lançamento da primeira parte do álbum que dá nome à turnê.


“A gente está vivendo o maior momento da banda aos 25 anos de banda. É difícil uma banda estar neste lugar, de com 25 anos de banda, estar vivendo o seu momento mais foda”, constatou Lucas Silveira durante a apresentação que durou 2 horas, com 22 músicas. A banda apresentou uma setlist recheada de sucessos e músicas de praticamente todos os álbuns da carreira.

Com 15 minutos de atraso, e a casa completamente abarrotada, a Fresno subiu ao palco do Espaço Unimed às 21h45. A entrada da banda foi ovacionada e o show começou com “Quando o Pesadelo Acabar”, do ENFE Part 1, e fez o público cantar muito alto (todo mundo tá fudido / eu só queria os meus amigos). É surpreendente como uma música nova já se tornou a preferida de muitos fãs (inclusive da jornalista que está escrevendo pra vocês). 


Trazendo presente e passado, eles emendaram com o hino “Quebre as Correntes”, faixa que fez a banda furar a bolha e chegar ao mainstream. Sem conceder pausas para os fãs respirarem, a banda seguiu no primeiro bloco com uma sequência de hits: “Natureza Caos”, “Redenção” e “Porto Alegre”.


Em “Diga, parte 2”, o rímel já estava mais do que borrado. Foi o primeiro grande momento do show, todo mundo cantava a plenos pulmões. Os músicos demonstraram uma clara emoção ao se apresentarem diante de uma plateia tão grande e apaixonada.



“Há 20 anos atrás parecia impossível lotar o Hangar 110, há 10 anos atrás, parecia impossível lotar a Audio, aqui do lado. Mas 25 anos depois, era óbvio que a gente ia encher isso aqui de gente. Muito obrigado por nos darem 25 anos, essa quantidade absurda de confiança, muito obrigado.”

E o momento que os emos dançam chegou com as faixas mais animadas, “Agora Deixa”, “Cada Acidente” e “Me And You (Foda Eu e Você)”. Na última música em questão, o vocalista tentou um recorde com a maior quantidade de beijos simultâneos durante um show, meta a qual não foi atingida, muito longe disso. Como o mesmo brincou, o emo normalmente é “solteirão”. Em contrapartida, após o show, repercutiram alguns vídeos de pedidos de namoro e casamento.


Não houve espaço para erros técnicos durante toda a apresentação. Som impecável, e nem precisamos falar sobre o entrosamento da banda, não é mesmo? Até as mais recentes adições na banda de apoio: Ana Karina Sebastião (baixo) e Jackie Cunha (percussão) tiraram onda. Assim como o Lucs Romero (teclado), que já é quase membro oficial da banda, e arrebenta muito. Vale destacar os telões e a iluminação, que fizeram total diferença no show, transformando-o em um espetáculo!


A banda que nunca foi embora monstra porque faz sucesso até hoje



“Infinito”, “Deixa O Tempo” e “Eu Sei”, foram as próximas do set. Com um mar de bexigas verde água, que os fãs preparam, “Eu Nunca Fui Embora”, mostrou que é hit. Faixa que dá nome ao décimo álbum dos gaúchos, é uma das queridinhas dos fãs - estes sendo novos ou antigos, que nunca foram embora, assim como a banda. 


O ENFE conta com músicas com Pabllo Vittar, Dead Fish, NX Zero, Filipe Catto, Chitãozinho & Xororó, apesar disso, a banda optou por um show sem participações. A única participação especial foi do saxofonista Igor Thomaz em algumas faixas, já no final do show. Seguindo o set, “Já Faz Tanto Tempo”, trouxe outro momento leve e dançante na noite, que não durou muito.


A banda homenageou o álbum ‘Sua Alegria Foi Cancelada’ (2019), com sua faixa título. Esse foi um álbum que não teve turnê, devido ao lançamento ter acontecido durante a pandemia. A dúvida que fica é: Por que nenhuma música do ‘A Sinfonia de Tudo Que Há’ (2016)?! Sempre sentimos falta de alguma faixa desse álbum nos shows. “Milonga” teve o coro mais profundo da noite, sendo o grande ápice.


“Era pra sempre” considerada como a   composição mais bonita da Fresno, segundo o Lucas, que inclusive a dedicou para sua esposa - Karen Jonz, foi outro momento chave. O vocalista não se segurou, chorou durante a música e ainda gritou o nome de sua filha entre os versos. A banda fez uma pausa, e voltou com outro look, uma jaqueta estilizada, Lucas e Vavo pegaram os violões, enquanto Guerra estava com uma meia lua. Como brinca o vocalista, é o momento que não existe um set definido, e eles fazem um bloco acústico. 


Diretamente do primeiro álbum da banda, ‘Quarto dos Livros’ (2003), “Se Algum Dia Eu Não Acordar”, “Stonehenge” e “Sono Profundo” foram entoadas por todos os ‘emo veio’ presentes, momento mais nostálgico que esse, seria impossível. Em “Eu Sou A Maré Viva”, o Guerra pegou uma bandeira que tinha escrito “Fresno, é a melhor banda do Brasil” e colocou nas costas do Lucas, e o choro foi livre.



“Camadas” foi outro momento muito especial, a faixa presente no ENFE, já se tornou a preferida por muitos fãs da banda. Decepcionando um pouco, a única faixa da parte 2 do álbum presente no setlist foi “Se Eu For Eu Vou Com Você”. Estávamos aguardando por mais músicas novas, uma vez que o lançamento aconteceu no final do mês passado e esse foi um show muito importante para a história da banda.


“Muitas coisas mudaram a nossa vida pra melhor, e vocês estavam lá todas as vezes, muito obrigado por todo mundo que vai aos nossos shows, há 10 anos, 20 anos, quem veio no primeiro show hoje, muito obrigado a todos vocês (...)”, Lucas fez um novo agradecimento antes do final do show, e explicou que a banda se sustenta devido a uma amizade profunda que eles têm, inclusive com todos os integrantes que já fizeram parte da Fresno e possuem um papel insubstituível na história da banda. 


“Desde Quando Você Se Foi” e “Casa Assombrada” encerram o espetáculo. A turnê segue por outros estados até o final do ano, e já conta com três datas fora do Brasil em fevereiro, sendo duas em Portugal e uma na Irlanda. Fresno é gigante, esse com certeza foi um grande marco na história da banda, e temos um prazer imenso por termos conseguido viver isso, quem mais estava por lá? Conta pra gente como foi sua experiência nos comentários e não esquece de deixar o seu curtir! 




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4 Comments

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Guest
Oct 23
Rated 5 out of 5 stars.

Foi lindo viver essa noite! Show incrível pra quem já os acompanha desde o comecinho. Obrigado pelo texto, Bruna. Bom reviver tudo isso de novo! ❤️

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Guest
Oct 22
Rated 5 out of 5 stars.

Matéria incrivel, show inesquecível. Foi perfeito e ficará para sempre na memória <3

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Guest
Oct 22
Rated 5 out of 5 stars.

Muito capricho na escrita, se pudesse daria 10 estrelas, tá de parabéns sempre.

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Guest
Oct 22
Rated 5 out of 5 stars.

Maravilhosa descrição do que rolou!! Não tive a oportunidade de curtir esse dia incrível, mas consegui me emocionar com o incrível relato que tudo que rolou no show! Parabéns, Bruna Santana!! Amo seus textos, fico imersa em suas palavras! ❤️❤️❤️

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