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Foto do escritorCarol Candido

Angel Du$t faz apresentação quentíssima na Jai Club com seu Hardcore conceitual de qualidade

Acompanhado das bandas Joker, Stomp e No Warning o hardcore foi bem representado com muito suor e moshpit



O que é hardcore? Qual a diferença do mainstream pro underground? Perguntas com respostas um  tanto quanto óbvias eu diria, mas no sábado, 16 de março, tivemos uma aula  de hardcore lá na Jai club em São Paulo. O dia estava MUITO quente, mas o calor humano ajudou a deixar o clima da casa mais quente ainda resultando num bailinho bem suado, daquele jeitinho que a gente gosta.




   Além das bandas gringas, também tocaram as bandas Joker e Stomp, essas que são quase como bandas irmãs, são muito amigos, além de ter integrantes que tocam em ambas as bandas. Iniciando as apresentações, a Joker deu um baile pesado, se em tradução livre a palavra hardcore significa “casca-grossa” eu colocaria uma foto do  show da Joker bem do lado da palavra hardcore pra exemplificar visualmente.


   Muitos fãs da banda do palhaço estavam presentes desde o início, o moshpit foi pesado, suado, o show com direito a roubo de microfone e stages, liberado pular nas costas dos amiguinhos e cantar suas músicas favoritas, a banda que está lançando seu mais novo EP. não decepcionou e começou com um show quentíssimo. Seguindo sua banda irmã, os meninos da Stomp não deixaram o clima cair, eles que também estão com lançamento na praça estavam cheios de fãs que cantaram e agitaram muito ao som das antigas, mas também não decepcionaram quando tocou a música “Never Again” que fará parte do próximo trabalho da banda.


    O hardcore é lugar dos estranhos, dos desajustados, cantamos sobre liberdade e gostamos quando vemos de fato essa liberdade sendo vivida nos shows, é lindo demais ver gente de todas as idades curtindo o rolê, galera das antigas que ajudou o movimento a criar forma, mas também as novas gerações que trazem um respiro de novidade, os lbgtqia+ que se vestem como querem e tem muito no lugar suas ideologias dão força a esse movimento, ver straight edge que se mantiveram firmes e convictos junto com os novos que estão lutando com seus “X” em punho. Algo legal nesse show era que o meu sentimento foi de que toda a cena estava ali reunida, foi de fato um grande encontro de amigos pra curtir bandas incríveis.


   E o baixista José Vinicius, que toca na Stomp e também na Joker exemplificou muito bem  esse sentimento quando disse que “tem que ser isso, se fortalecer quando rolar e tentar se ajudar”, o hardcore underground é uma troca justa, os shows com uma energia comunitária onde cada um deveria poder participar e curtir da forma que achar melhor. O hardcore tem que ser acessível, e sem estrelismos, os gringos seguindo nessa linha, estavam caminhando, conversando e tirando fotos com quem pedia um segundo de atenção.


   Seguindo os shows, a banda canadense No Warning sentiu o calor brasileiro na pele, podemos dizer que colocamos os gringos pra suar bastante ali na Jai Club. Formada no final dos anos 90 a banda atualmente é composta por Ben Cook (vocais), Matt DeLong (guitarra), Ryan Gavel (baixo), Jesse Labovitz (Bateria) e Jordan Posner (guitarra), ninguém ficou intimidado e o hardcore comeu solto, a energia do show foi intensa, e não teve uma pessoa que não saiu suada, estivesse parada ou agitando, os gringos elogiaram a energia e entregaram um show quente para nós.


    E fechando a noite tivemos os americanos da Angel Du$t, a banda criada em 2013, é um dos expoentes dessa nova leva do hardcore, até o momento a banda tem cinco álbuns de estúdio, sendo Brand New Soul, seu trabalho mais recente. Inicialmente formada com membros da também muito famosa Turnstile, atualmente o Angel Du$t conta com Justice Tripp (vocalista), Steve Marino (guitarra e vocais), Zechariah Ghosttribe (baixo), Tommy Cantwell (bateria) e Daniel Star (guitarra e vocais).


     Lembra quando eu falei da nova energia do hardcore, o Angel Du$t é um ótimo exemplo disso, o vocalista Justice Tripp é um figura que se destaca visivelmente com seu visual,  mas a banda se destaca para muito além da aparência, as músicas tem um estilo único, um hardcore que eu chamaria de conceitual, é pesado mas traz elementos de uma construção eletrônica que por momentos se torna melódico, por momentos se aproxima do indie rock e também punk rock. Eles entraram cheios de energia, o calor não abalou os gringos, e todos dançaram muito, mosharam, o show foi repleto de stages e o microfone estava a disposição, energia boa compartilhada.


   A banda enfrentou  alguns problemas técnicos durante o show, mas o bem humorado vocalista deixou claro, isso é o rock hardcore e se alguém estivesse incomodando poderia se retirar, aparentemente os problemas técnicos não incomodaram ninguém, a casa estava cheia, quente e cheia de suor e calor humano. Seguindo na apresentação o vocal também comentou que viu uma coisa impressionante antes do show, ele disse que tinha visto UMA CAPIVARA, e gostou tanto do animal que dedicou uma música para ela.


   A última música do set da banda foi “Set me Up” onde mulheres da plateia subiram ao palco para cantar o som. “Brand New Soul” (alma nova em folha) saímos todos lavados não com o sangue mas com o suor do rock n’ roll naquele dia que deixou todo mundo de alma lavada. O show foi trago pela produtora New Direction, que é uma expansão da Hardcore Pride,  esse foi o primeiro show de hardcore trago pela produtora para São Paulo e seguimos ansiosos para mais eventos. 



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